Espelho, Espelho Meu…

Os narcisistas são tão fascinados com o reflexo através do espelho, que esquecem o mundo ao redor. Isso é o narcisismo em sua forma mais pura. Mas, ao contrário do que a Rainha Má de Branca de Neve gostaria, o espelho não está aqui para nos dizer que somos os mais belos de todos.

O Narcisismo não é só Selfie

Nessa era digital, é fácil confundir o narcisismo naqueles que postam uma enxurrada de selfies. No entanto, esse transtorno psicológico vai muito além das redes sociais. É um padrão de comportamento que envolve uma autoimportância exagerada e uma necessidade constante de admiração.

O Narciso Moderno

O narcisista moderno não necessariamente se apaixona pelo próprio reflexo através de um lago ou de um espelho. Em vez disso, ele pode se apaixonar pela imagem que construiu de si mesmo: um ser único e extraordinário, que merece tratamento especial e está acima das regras normais.

A Inveja de Narciso

O narcisista moderno também pode se incomodar com o reflexo dos outros. A inveja é uma característica comum do narcisismo.

O Narciso que se afogou…

O Narciso da mitologia grega, se concentrou tanto em si mesmo, que se afogou em seu próprio reflexo, esquecendo que havia um mundo inteiro ao redor, além de sua própria imagem.

Nem sempre a verdade está refletida no espelho ou no lago…

Para finalizar, nada melhor que um trecho da obra O Livro de Ouro da Mitologia – História de Deuses e Heróis, de Thomas Bulfinch.


“[…] Ali, chegou um dia Narciso, fatigado da caça, e sentindo muito calor e muita sede. Debruçou-se para desalterar-se, viu a própria imagem refletida na fonte […] Ficou olhando com admiração […] Apaixonou-se por si mesmo. Baixou os lábios, para dar um beijo e mergulhou os braços na água para abraçar a bela imagem. Esta fugiu com o contato, mas voltou um momento depois, renovando a fascinação. Narciso não pôde mais conter-se. Esqueceu-se de todo da ideia de alimento ou repouso, enquanto se debruçava… para contemplar a própria imagem […] Suas lágrimas caíram na água, turbando a imagem. E ao vê-la partir, Narciso exclamou: Fica, peço-te! Deixa-me, pelo menos, olhar-te, já que não posso tocar-te. Com estas palavras, e muitas outras semelhantes, atiçava a chama que o consumia, e, assim, pouco a pouco, foi perdendo as cores, o vigor e a beleza […] O jovem, depauperado, morreu…”


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