Mais do que um escritor, o responsável por obras como “Viagem ao Centro da Terra” era um grande visionário

Júlio Verne (Foto: Wikimedia/Félix Nadar)

Um dos fatos que mais chamam a atenção em suas obras são as previsões feitas pelo escritor que se concretizaram séculos depois. Conheça algumas a seguir.

  • Da Terra à Lua (1865)Viagem à lua, velas solares e o ponto de lançamento do Apollo 11 na Flórida – Júlio Verne previu o que se tornou uma realidade em 1969: no livro, os módulos de passageiros eram lançados por um canhão dar velocidade suficiente para vencer a gravidade. Em uma passagem, ele descreve com estranha precisão o ponto de partida de uma nave: “Esse sítio está situado a 300 toesas sobre o nível do mar e 27º27’ de latitude norte e 5º e 7’ de longitude oeste, parece-me que pela sua natureza árida e rochosa apresenta todas as condições que o experimento exige”. Se convertidas ao sistema métrico, as medidas revelam um local bastante próximo ao Cabo Canaveral. Ainda nesta história, o autor especulou sobre uma espaçonave que usasse propulsão movida através de luz — tecnologia conhecida hoje como velas solares.
  • Vinte Mil Léguas Submarinas (1870)Submarinos elétricos, escafandro autônomo e taser – Em uma de suas obras mais famosas, o submarino Nautilus era movido à eletricidade. Na época, os veículos mais modernos eram movidos a vapor e submarinos só surgiram 16 anos depois do relato imaginário de Verne. No mesmo livro, o escritor descreveu o escafandro autônomo, no qual um reservatório de ar era fixado às costas, como uma mochila — algo que só foi criado de fato em 1943. E, finalmente, Verne imaginou uma arma que lançava projéteis carregados de eletricidade estática, algo muito parecido com os tasers atuais.
  • O Dia de Um Jornalista Americano no Ano 2889 (1889)Noticiários pela TV e videoconferência – Oitenta anos antes dos noticiários televisivos surgirem, Júlio Verne descreveu a alternativa para os jornais: “Em vez de ser impresso, o Crônicas da Terra seria falado, teria assinantes e partiria de conversas interessantes dos repórteres e cientistas que contariam as notícias do dia”. Ele também imaginou o “fonotelefoto”, que seria usado pelos repórteres. “Além de seu telefone, cada repórter tem diante de si uma série de comutadores que permitem estabelecer a comunicação com um telefoto particular. Assim os assinantes não só recebem a narração, mas também as imagens dos acontecimentos, obtidas através da fotografia intensiva.” Atualmente, qualquer pessoa com um computador ou smartphone e acesso à internet pode experimentar a engenhoca imaginada por Verne. Info: Link do livro (acima) disponível para download em pdf.

Tudo que um homem pode imaginar outros poderão realizar. (Júlio Verne)

Fonte: Revista Galileu
Imagem principal: Criada por mim através de IA.


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